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Lesões Desportivas Comuns em Atletas

  • Foto do escritor: Victor Nunes
    Victor Nunes
  • 17 de set.
  • 3 min de leitura

Atletas amadores e profissionais estão sujeitos a várias lesões desportivas típicas, especialmente corredores, ciclistas e praticantes de modalidades coletivas. Entre as mais frequentes estão as entorses de tornozelo, as lesões de joelho (como o rompimento do ligamento cruzado anterior – LCA – ou síndrome femoropatelar) e as tendinopatias no ombro (lesões de tendão). Por exemplo, as entorses ocorrem quando os ligamentos do tornozelo são sobrecarregados em movimentos bruscos; seu tratamento inicial envolve método RICE (repouso, gelo, compressão e elevação), seguido de fisioterapia para restaurar força e mobilidade. As lesões do joelho são muito comuns em desportos com acelerações e mudanças de direção, como futebol e corrida; nelas, a fisioterapia costuma intervir já na preparação pré-operatória e no pós-cirúrgico (em caso de LCA) para recuperar a função articular. Já nos ombros, atividades repetitivas (natação, tênis, voleibol) podem causar tendinopatias – inflamações crônicas dos tendões que ligam os músculos aos ossos. Nesses casos, a fisioterapia inclui alongamentos específicos, fortalecimento dos músculos estabilizadores e mobilizações articulares do ombro. 

  • Entorse de tornozelo: Ligamentos forçados além do limite em torções bruscas; o fisioterapeuta aplica RICE inicial e, em seguida, exercícios de proprioceção e fortalecimento para restaurar estabilidade. 

  • Lesões no joelho: Incluem lesões de ligamentos (como LCA) e síndrome patelofemoral. Afetam corredores e jogadores de desportos coletivos. A reabilitação integra treino de força dos músculos do quadríceps e isquiotibiais, além de treino funcional para retomar movimentos esportivos. 

  • Tendinopatias no ombro: Comum em nadadores e arremessadores. O tratamento fisioterapêutico abrange mobilizações, alongamentos do manguito rotador e fortalecimento dos músculos do ombro. Essas intervenções musculares melhoram a estabilidade e reduzem a dor na articulação. 


Fisioterapia Preventiva


fisioterapia desportiva não serve apenas para tratar lesões, mas também para preveni-las. Avaliações biomecânicas e programas personalizados mantêm o atleta seguro: incluem aquecimento, alongamentos e fortalecimento muscular antes da atividade. Medidas simples demonstram eficácia na prevenção: 

  • Aquecimento e alongamento: Passos essenciais antes de qualquer treino ou competição. O aquecimento eleva a temperatura muscular, preparando músculos e articulações; o alongamento melhora a flexibilidade e reduz tensões prévias[8]

  • Fortalecimento muscular: Exercícios de resistência e estabilidade protegem articulações e equilibram músculos, prevenindo sobrecargas e desequilíbrios[9]. Por exemplo, reforçar músculos do core e das pernas protege joelho e tornozelo. 

  • Técnica e planeamento do treino: Executar movimentos com técnica adequada (sob orientação de treinadores) e alternar intensidade/ tipo de exercício evita lesões por esforço repetitivo ou uso excessivo. Treinos bem distribuídos dão tempo de recuperação ao corpo. 

  • Hidratação, nutrição e descanso: Manter-se hidratado, alimentar-se corretamente e respeitar períodos de repouso ajuda a recuperar músculo e ligamentos, reduzindo o risco de lesões por fadiga. 

Seguir esses hábitos preventivos – aquecer, fortalecer, corrigir a técnica e cuidar do corpo – contribui diretamente para a longevidade da carreira atlética.


Reabilitação Desportiva e Tratamento


Quando a lesão ocorre, a reabilitação de atletas combina várias técnicas fisioterapêuticas para recuperar a função. Os métodos mais usados incluem: 

  • Terapia manual: Envolve massagem, mobilizações articulares e liberação miofascial que aumentam a amplitude de movimento e reduzem tensões musculares. Isto alivia a dor e facilita a retomada de movimentos normais. 

  • Exercícios terapêuticos: Programas de treino personalizados trabalham o fortalecimento progressivo dos grupos musculares afetados e a resistência cardiovascular. Incluem exercícios específicos da modalidade (como pedalar em bicicleta estática para ciclistas) para restabelecer a funcionalidade. Por exemplo, na tendinite do ombro, o foco no fortalecimento e alongamento do complexo do ombro mostrou-se eficaz na recuperação. 

  • Eletroterapia e outros recursos: Técnicas como ultrassom terapêutico, TENS ou correntes elétricas auxiliam na cicatrização, controle da dor e redução do edema. Crioterapia (gelo) é usada para inflamação aguda e termoterapia (calor) para relaxar músculos antes do treino. 

  • Treino funcional e reeducação postural: São exercícios que simulam as atividades do desporto, corrigem desequilíbrios e melhoram a postura. Esta abordagem prepara o atleta para voltar gradualmente ao treino completo com menor risco de recaída. 

Cada plano de reabilitação é individualizado, considerando o tipo de lesão e os objetivos do atleta. A pesquisa científica indica que combinar fortalecimento muscular, alongamento e mobilizações acelera a recuperação de tendinopatias e entorses, permitindo o retorno seguro às competições. 


Conclusão 

A fisioterapia desportiva é essencial para tratar e prevenir lesões em atletas de todos os níveis. Além de recuperar lesões de tendão, ligamentos e músculos, ela educa o atleta para evitar novos problemas, preservando desempenho e bem-estar. Com uma abordagem multidisciplinar – que inclui fortalecimento muscular, terapia manual e treino funcional – os fisioterapeutas esportivos garantem que corredores, ciclistas e praticantes de desportos coletivos voltem à atividade de forma segura e mais fortes. 



Fontes: Estudos e publicações da área de fisioterapia desportiva fundamentam estas informações, reforçando que programas preventivos e de reabilitação (fortalecimento muscular, mobilização articular, exercícios específicos) são cruciais na recuperação de atletas lesionados

 
 
 
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