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Cuidados com os Pés e a Importância da Podologia

  • Foto do escritor: Victor Nunes
    Victor Nunes
  • 17 de set.
  • 5 min de leitura
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Os pés sustentam todo o corpo mas são frequentemente negligenciados até causar dor ou lesões. Por isso, avaliar a pisada e a estrutura dos pés é crucial – sobretudo em grupos de risco como corredores, diabéticos e idosos. Alterações comuns como pé pronado (arco enfraquecido) ou pé chato e condições como fascite plantar (inflamação da fáscia no calcanhar) predispõem a dores no pé e na perna. Essas condições estão entre os principais motivos de busca por “podologia esportiva” e “fascite plantar tratamento”. A identificação precoce de tais problemas permite ao podologista recomendar intervenções corretivas (exercícios de alongamento, treino adequado e palmilhas personalizadas) para manter a saúde dos pés e evitar queixas como dores no calcanhar ou tornozelo. 


Podologia Esportiva e Pisada em Atletas


podologia esportiva foca na prevenção e correção de lesões nos pés de quem pratica atividade física. Em corredores, por exemplo, a fascite plantar é uma das lesões mais comuns: o estresse repetitivo na fáscia plantar, agravado por fatores como excesso de pronação (rotação interna do pé) e pés planos, leva a dor no calcanhar. Estudos científicos indicam que corrigir esses desequilíbrios – com exercícios de fortalecimento, calçados apropriados e palmilhas ortopédicas – reduz muito a incidência de lesões. De fato, meta-análises mostram que o uso de palmilhas ortopédicas em corredores pode diminuir em cerca de 40% o risco de lesões nos membros inferiores. Isso porque as palmilhas redistribuem as cargas ao caminhar, promovendo uma biomecânica mais fisiológica e aliviando sobrecarga em áreas susceptíveis (arco, calcanhar, antepé). Em suma, avaliações periódicas por um podologista esportivo ajudam os atletas a corrigir problemas de pisada – prevenindo dores como a fascite plantar – e mantendo o desempenho atlético.


Pés Diabéticos: Prevenção de Feridas e Úlceras


Em pessoas com diabetes, os cuidados com os pés são fundamentais para evitar complicações graves. Neuropatia e má circulação podem reduzir a sensibilidade, fazendo com que pequenos traumas passem despercebidos e evoluam para úlceras. Estima-se que cerca de 20% dos diabéticos desenvolvem problemas no pé durante a vida, e feridas não tratadas podem levar à amputações. A boa notícia é que mais de 80% das amputações podem ser evitadas com medidas preventivas básicas, como educação contínua, uso de calçado adequado e palmilhas protetoras. A literatura recomenda calçados profundos e palmilhas sob medida que aliviem o excesso de pressão nas zonas vulneráveis (antepé e calcanhar). Tratamentos podológicos regulares – como remoção de calosidades e orientação sobre higiene – mantêm a pele dos pés íntegra. Além disso, ortóteses e dispositivos de proteção (solas com rocker, inlays acolchoados) distribuem melhor o peso ao caminhar, prevenindo úlceras e melhorando o conforto. Em resumo, na saúde dos pés do diabético a podologia atua de forma preventiva: adapta o calçado e o ambiente do pé, reduzindo pressão e detectando lesões antes que evoluam. 


Pés na Terceira Idade: Mobilidade e Autonomia


Com o envelhecimento, mudam-se a forma do pé e as demandas de cuidado. Dor nos pés é comum em idosos – por exemplo, um estudo encontrou dor plantar em cerca de 24% das pessoas acima dos 45 anos. Músculos e articulações mais rígidos, artroses e deformidades (martelos nos dedos, joanetes) geram desconforto ao caminhar. Isso impacta a mobilidade geral: pés doloridos estão associados a instabilidade e maior risco de quedas. Além disso, muitos idosos têm dificuldade em manter os pés limpos e as unhas cortadas: pesquisas mostram que a grande maioria não consegue cuidar das unhas sozinhos, levando a unhas grossas ou encravadas. O uso de calçado inadequado também é frequente na população sénior (até 78% usariam sapatos mal ajustados), contribuindo para formação de calos, fissuras e risco de amputação em diabéticos. O atendimento podológico regular corrige esses problemas: o podólogo examina os pés, trata calosidades espessas e unhas irregulares, e recomenda sapatos adequados. Estudos apontam que intervenções simples – como aparar calos e unhas – aliviam a dor imediata e evitam complicações maiores. Por fim, exames de saúde dos pés em consultas geriátricas são recomendados por guias internacionais para prevenir quedas e manter a autonomia do idoso.


Tratamentos Podológicos Preventivos 


podologia clínica oferece vários tratamentos que previnem dores e lesões comuns: 

  • Remoção de calosidades e espessamentos (hiperqueratoses): Calos e calosidades surgem em áreas de pressão excessiva. Sua remoção mecânica profissional reduz dores e corrige padrões de pisada rígidos. Estudos mostram que retirar calos da região do antepé diminui a pressão local ao caminhar, recuperando o arco plantar real e aliviando dores. Esse cuidado, aliado a palmilhas de suporte, evita o desenvolvimento de metatarsalgia (dor no antepé). 

  • Corte e tratamento de unhas encravadas: A unha encravada (onicocriptose) é a patologia ungueal mais comum atendida em podologia. Ela ocorre quando a borda da unha penetra na pele periungueal, causando inflamação, dor e, às vezes, infecção. O tratamento inicial podológico – que inclui corte correto da unha, remoção de fragmentos encravados e orientações de higiene – costuma resolver o problema. Em casos mais graves, pode ser necessária pequena cirurgia. Sem intervenção, a unha encravada leva a dor intensa e até incapacidade temporária. Portanto, consulta podológica precoce é vital para interromper o ciclo de irritação e evitar complicações. 

  • Palmilhas ortopédicas e sapatos adequados: As palmilhas personalizadas são feitas sob medida para corrigir biomecânica do pé. Conforme estudos, elas promovem um padrão de marcha mais fisiológico, aliviam pontos dolorosos e previnem lesões em joelhos, quadris e coluna. Em casos de fascite plantar, por exemplo, a palmilha pode elevar ligeiramente o arco medial e amortecer o calcanhar, reduzindo a tração sobre a fáscia. Em pés chatos ou pronados, reforça o suporte do arco, evitando sobrecarga. O artigo “Suportes plantares como opção terapêutica” ressalta que palmilhas adaptadas são essenciais para tratar pé plano, diabetes e até melhorar desempenho de atletas, aliviando dores e prevenindo problemas posturais. 

  • Orientação e exercícios: O podólogo também ensina exercícios de alongamento (para panturrilhas e fáscia plantar) e fortalecimento dos músculos intrínsecos do pé. Essas práticas melhoram a flexibilidade do tornozelo e o suporte ao arco longitudinal, reduzindo dores no calcanhar e contribuindo para a saúde dos pés a longo prazo. A educação sobre os sinais de alerta e a importância de calçados confortáveis faz parte do cuidado podológico. 

Em síntese, o papel da podologia é detectar precocemente alterações nos pés e intervir antes que o desconforto se torne crônico. Quer seja em atletas (“podologia esportiva”), diabéticos ou idosos, o podólogo usa ferramentas como palmilhas ortopédicas, raspagens de calos e cuidados com as unhas para melhorar a distribuição de pressão e corrigir posturas inadequadas. Estas intervenções simples mas fundamentadas cientificamente resultam em menos dor e menos lesões – seja uma fascite plantar, metatarsalgia, neuralgias ou feridas de pé diabético. 



Recomendações-chave: Faça avaliações regulares dos pés (especialmente se for corredor, diabético ou idoso); trate quaisquer calos ou unhas encravadas com um podólogo; use sapatos adequados e considere palmilhas sob medida para corrigir a pisada. Assim, mantém-se a saúde dos pés, evita-se dor crônica e promove-se maior qualidade de vida no dia a dia.




Referências:

 
 
 

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